Vejam também um vídeo explicativo no link abaixo!!!
sexta-feira, 21 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
Referencias Bibliográficas
SIMÕES, P. R.;Carste e Paleoecologia em São
Raimundo Nonato – PI, Brasil Brasília DF, 15-22 de julho de 2001 CARMO, Felipe F.; CARMO Flávio F , BUCHMNN F.
S.; FRANK H. T.; JACOBI C. M. JACOBI - ANAIS do 31º Congresso Brasileiro de Espeleologia Ponta Grossa-PR,
21-24 de julho de 2011 – Sociedade Brasileira de Espeleologia BUCHMANN,
F. S.; LOPES, R. P.; CARON, F. Icnofósseis (Paleotocas e crotovinas) atribuídos
a mamíferos extintos no sudeste e sul do Brasil. CRUZ, E. A.; LEMES,
A. C. G.; BUCHMANN, F. S.; FRANK, H. T.; CARVALHO, M. T. N.;FERREIRA, V. NOVAS PALEOTOCAS EM MINAS GERAIS, BRASIL:EVIDÊNCIA DE VIDA GREGÁRIA EM MILODONTÍDEOS (PREGUIÇAS-GIGANTES)
Créditos Imagens: Acervo do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela e Projeto Paleotocas.
Referencial teórico
As paleotocas segundo (Frank 2010) são
estruturas de bioerosão em ambiente continental encontradas na forma de túneis
escavadas em rochas alteradas ou não, apresentam seções elípticas ou circulares
com 0,7 a 3.0 m de diâmetro e centenas de metros de comprimento. Estas
estruturas são de moradia temporária ou permanente, atribuídas a escavação por
mamíferos fossoriais gigantes, que habitavam a América do Sul durante o
Terciário e o Quaternário. Quando as paleotocas ocorrem preenchidas por
sedimentos são denominadas de crotovinas; se estiverem com o teto desabado são
chamadas de dolinas ou trincheiras. (BUCHMANN et al., 2003; 2009).
Dentro dessas galerias é possível observar marcas nas paredes, identificadas
como as marcas das garras durante a escavação, marcas da impressão da carapaça,
e marcas de polimento durante a passagem do animal pela galeria, que trazem
evidências do comportamento desses animais; e são importantes por
potencialmente conterem fósseis em seu interior, tornando-se valiosas fontes
para estudos paleoecológicos e paleobiológicos das possíveis espécies que as
formaram (BUCHMANN et al., 2010).
A
ausência de restos fósseis no interior das galerias impede a identificação
precisa do organismo responsável por sua escavação. As dimensões das galerias,
as marcas de escavação e marcas de osteodermos presentes ao longo das galerias
sugerem pelo menos dois escavadores: a) mamíferos xenartros dasipodídeos
(tatus-gigantes) no caso de galerias com diâmetro entre 0,7 e 1,4 m, e b)
mamíferos xenartros milodontídeos (preguiças-gigantes) no caso das galerias com
diâmetro de até 4 m. A idade das paleotocas está entre 3 milhões de anos e ,
devido a ocorrência em depósitos pleistocênicos, não se descarta a
possibilidade de idades próximas a 10ka (BUCHMANN et al. 2009), destacam
a importância das paleotocas por representarem um grande potencial
paleontológico, provavelmente contendo fósseis em seu interior. Por se tratarem
de estruturas ocorrentes dentro de cavernas, o potencial paleontológico
aumenta, uma vez que os condutos das cavernas se encontram em zona afótica e
distante da entrada, o que dificulta a ação do intemperismo, facilitando a
preservação de possíveis fragmentos fósseis. As paleotocas apresentam se
geralmente longas e profundas muito maiores do que os animais que as escavaram,
um motivo para esse tamanho seria o clima frio da época Os bichos se abrigavam
nas tocas e, juntos, conseguiam passar mais confortavelmente os invernos. É o
que fazem, hoje em dia, os ursos no Hemisfério Norte. No caso dos ursos, os
animais normalmente ficam sozinhos em uma caverna ou outro local apropriado. No
caso das paleotocas, entretanto, é possível sugerir que elas serviam de abrigo
para grupos de tatus e preguiças-gigantes. Manadas. Porque mesmo para uma
preguiça-gigante só os megatúneis são grandes demais. Assim, à medida que mais
paleotocas são descobertas, podemos chegar a conclusões melhor fundamentadas,
com argumentos mais fortes ( Prof. Heinrich Frank).Frank et al. (2010),
comentam que as paleotocas formam túneis que podem estar situados em sedimentos
aluviais, rochas sedimentares ou no manto de alteração de rochas magmáticas e
metamórficas.
Tabela 1. Substratos onde foram encontrados
paleotocas e crotovinas no Brasil.
Icnofóssil
|
Substrato
|
Estado
|
Crotovina¹
|
Sedimento aluvial
|
Rio Grande do Sul
|
Crotovina²
|
Areias quartzosas
|
Rio Grande do Sul
|
Crotovina5
|
Basalto alterado
|
Rio Grande do Sul
|
Crotovina5
|
Sedimento aluvial
|
Rio Grande do Sul
|
Crotovina5
|
Areia síltico-argilosa
|
Rio Grande do Sul
|
Crotovina5
|
granito alterado
|
Rio Grande do Sul
|
Crotovina5
|
sedimento aluvial
|
São Paulo
|
Crotovina5
|
Metacalcário alterado
|
São Paulo
|
Paleotoca4
|
Basalto alterado
|
Rio Grande do Sul
|
Paleotoca5
|
Sedimento aluvial
|
Rio Grande do Sul
|
Paleotoca5
|
Basalto alterado
|
Rio Grande do Sul
|
Paleotoca6
|
Arenito eólico
|
Rio Grande do Sul
|
Paleotoca³
|
siltito permiano
|
Santa Catarina
|
Paleotoca³
|
Arenito jurássico
|
Santa Catarina
|
Paleotoca7
|
diamictito
hematítico
|
Minas
Gerais
|
Paleotoca7
|
formação
ferrífera alterada
|
Minas
Gerais
|
Paleotoca7
|
canga/saprólito
|
Minas
Gerais
|
Porcentagem dos substratos
Classe
|
Frequência
|
Frequência Relativa
|
|
Sedimento
Aluvial
|
4
|
4/17= 0,235= 23%
|
|
Areias
quartzosas
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Basalto
Alterado
|
3
|
3/17= 0,176= 17%
|
|
Areia
silítico-argilosa
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Granito
Alterado
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Metacalcário
Alterado
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Arenito
eólico
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Siltito Permiano
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Arenito Jurássico
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Diamictito Hemático
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Formação Ferrífera Alterada
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
|
Canga/Saprólito
|
1
|
1/17= 0,058= 6%
|
Metodologia
A
metodologia que orienta a realização deste trabalho organiza-se a partir de uma
estrutura, com o levantamento bibliográfico a cerca do assunto. Considerando a
escassez de estudos teóricos sobre a temática em questão, buscamos em sites
científicos e textos acadêmicos. Tais fontes de informação possibilitaram e
deram suporte a uma analise mais consistente.
Em um segundo momento concretizou
uma visita de campo no distrito de Nova Lima em Honório Bicalho onde
identificamos possíveis paleotocas cujo registro se encontra no nosso blog.
Ao termino da visita de
campo juntamente com as informações obtidas através dos artigos científicos
houve a criação deste blog denominado “Geologia em Foco”
Introdução
1. Introdução
A pesquisa de paleotocas
se insere na paleontologia, já que se tratam de estruturas cavadas por animais
de épocas geológicas passadas. As paleotocas fazem parte da icnologia, pois,
não se trata de ossos fossilizados de animais extintos, mas sim de feições deixadas
por eles, da mesma forma que pegadas, fezes fossilizadas (coprólitos e
outros.). Esses registros são os maiores e mais bem preservados icnofósseis do
mundo.
As paleotocas e crotovinas
encontra-se em locais de terreno inclinado e com fonte de água próxima. A
escolha dos tatus para cavar suas tocas, sugere que a topografia é o principal
fator. Os tatus não escolhem aleatoriamente onde querem construir suas tocas,
mas ativamente selecionam áreas inclinadas e próximas a cursos d’agua.
No estado do Rio Grande do
Sul foram encontradas muitas estruturas (paleotocas, ou mais comumente,
crotovinas). Há estruturas nos municípios de São Jose dos Ausentes, Riozinho,
Agudo, Cristal, Camabará do Sul, Gramado, Chuvisca, Encruzilhada do Sul,
Soledade e São Lourenço do Sul. Em muitos municípios na Região Metropolitana de
Porto Alegre foram localizadas estruturas: Alvorada, Viamão, Novo Hamburgo,
Estância Velha, Campo Bom, Sapiranga, Montenegro, Santa Maria do Herval e São
Leopoldo, entre outros. Somente em Campo Bom, por exemplo, foram encontradas 5
ocorrências, cada uma composta por várias crotovinas.
O Objetivo principal deste
trabalho é identificar os principais sítios com registros de Paleotocas e
Crotovinas em território brasileiro. Explicar a gênese desses Icnofosseis de
bioescavação; discriminar as principais litologias e suas ocorrências;
exemplificar os diferentes tipos de paleotocas; tamanhos, volumes.Citar a
composições mineralógicas dos sedimentos onde foram encontradas as paleotocas;
identificar qual o estado brasileiro com maior porcentagem de paleotocas.
O estado de conservação de
uma peleotoca varia gradativamente, enquanto algumas estão bem preservadas,
outras apresentam erosão na sua base e feições de colapso no seu teto. Outras
estão entulhadas, parcial ou totalmente, com sedimentos trazidos pelas águas da
chuva e neste casosão chamados de crotovinas,um termo que vem do russo
“krotovina”.
Quando
um animal morre dentro de uma paleotoca,seus ossos não se preservam,porque
estão expostos ao ar e a umidade e se decompõe com facilidade. A evolução é a
grande busca que nos faz conhecer a humanidade e o mundo como um todo, e a
ciência que atrai a atenção por conter informações de um processo de vida ao
longo de milênios, do ocorrido sobre a face do planeta Terra, e que hoje a
encontramos sob a face do nosso planeta, mostrando assim a Historia do Mundo e
que não pode ser descartada simplesmente, ao contrario deveria ser considerada
a peça mais valiosa desse grande quebra cabeça que são as descobertas e
preservação de sítios arquivológicos.
As paleotocas exibem os
icnofósseis atribuídos a mamíferos extintos no sudeste e sul do Brasil, com
diferentes tipos de substratos, desobstruídas ou preenchidas por sedimentos, e
contém marcas de garras e impressões da carapaça que podem fornecer informações
mais detalhadas a respeito da paleoecologia e bioestratigrafia dos organismos
responsáveis por sua escavação, preenchendo assim elos perdidos.
Icnofosseis são fosseis de vestígios de atividades vitais (atividade biológica)
de organismos do passado. Por exemplo, são icnofosseis os fosseis
(mineralização, incabornizações ou moldes) de pegadas, de pistas de deslocação,
de marcas de dentadas, de excrementos, de ovos, de tuneis e galerias de
habitação. Os icnofosseis revelam algumas vantagens sobre os fosseis corporais:
É possível identificar o tamanho e o peso do animal.;mostram a adversidade de
comportamentos em estudos paleontológicos,aparecem com a maior frequência em
silititos e arenitos, onde é quase impossível, a fossilização de ossos por
exemplo.
Principais
atividades produtoras de estruturas: Deslocação – estruturas produzidas,
pegadas, pistas, trilhos.,Alimentação: marcas de dentadas, gastrólitos,
coprólitos, Habitação:Galeria,tocas,tuneis.Reprodução: Ovos, posturas e ninhos.
Bioerosão:
Definam-se como a construção de cavidades
para a habitação por escavamentos em substratos incoerentes ou por perfuração
de substratos rochosos, substratos lenhosos e ate carapaças, conchas ou
colônias de corais.
Tendo em vista as descoberta de novas paleotocas e crotovinas no
território brasileiro vê-se a necessidade de fazer um levantamento dos
principais sítios com registros de Paleontocas e Crotovinas.
A pesquisa de Paleotocas se insere na Paleontologia, já que se
trata de estruturas cavadas por animais de épocas geologicas passadas. Na Paleontologia,
as paleotocas fazem parte da icnologia,já que não se trata de ossos
fossilizados de animais extintos,mas sim de feições deixadas por eles,da mesma
forma que pegadas,fezes fossilizadas e outros.As Paleotocas são,portanto,os
maiores e mais bem preservados icnofósseis do mundo.
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